Jornal de Estudo

Monday, October 16, 2006

Lições 7 e 8

Mecanismos homeostáticos

Termorregulação

Os seres vivos podem ser classificados de acordo com a forma como respondem às variações da temperatura do meio. Relativamente à capacidade de regulação da temperatura os seres podem ser homeotérmicos se têm a capacidade de manter a sua temperatura corporal constante, ou poiquilotérmicos se a sua temperatura varia com as alterações da temperatura do meio. Quanto à fonte de calor que determina a temperatura corporal os seres podem ser endotérmicos se produzem calor por processos metabólicos ou ectotérmicos se dependem das fontes externas de calor pois a sua taxa metabólica não contraria as alterações da temperatura.
Os animais endotérmicos apresentam uma faixa de neutralidade, entre os 27ºC e os 32ºC, na qual a temperatura é regulada por alterações nas trocas de calor, que se efectuam através da pele mantendo-se a taxa metabólica no seu nível basal.
Abaixo dos 27ºC, verifica-se um aumento da taxa metabólica, no sentido de manter a temperatura corporal constante. Contudo, se a temperatura descer para valores inferiores a 0ºC o calor produzido não consegue compensar esta descida e a temperatura corporal começa a diminuir.
Quando a temperatura ultrapassa os 32ºC o animal inicia processos activos de perda de calor, produzindo suor ou tornando-se ofegante. Como esta resposta exige energia também conduz a um aumento da taxa metabólica. Os animais endotérmicos têm capacidade de regular a temperatura, dentro de certos limites. Se os limites forem ultrapassados, a homeostasia entra em ruptura pondo em causa a sobrevivência do animal. A temperatura é um factor limitante, pois condiciona a vida dos animais, uma vez que esta só existe dentro de determinados valores variáveis de espécie para espécie.

OSMORREGULAÇÃO

O metabolismo celular origina produtos de excreção que têm de ser expelidos, sob pena de comprometerem a sobrevivência das células e do organismo.
A actividade metabólica exige um constante fornecimento de substâncias que as células retiram do meio envolvente e, por isso, têm de ser repostos.
As alterações constantes da composição do meio interno têm de ser estabilizadas com auxílio de mecanismos fisiológicos de homeostasia. Nos animais o equilíbrio do meio interno é mantido pelas actividades coordenadas do sistema circulatório, nervoso e endócrino. Assim estão envolvidos órgãos como os rins, os pulmões, as brânquias e o sistema digestivo.
O processo que permite manter a manutenção do equilíbrio de água e sais do organismo designa-se de osmorregulação.
Os seres cuja concentração do meio interno varia de acordo com a do meio externo, dentro de certos limites designam-se de osmoconformantes. Ex: alguns invertebrados marinhos como os caranguejos. As condições extremas levariam à desnaturação das proteínas e à morte do ser. A salinidade é um factor limitante pois condiciona a sobrevivência dos seres vivos. Existem animais que apresentam uma concentração do meio interno muito diferente da do meio externo, são os osmoreguladores, ou osmorregulantes.Ex: Artmia salina, crustáceo (5% a 30% de salinidade) Retira o excesso de sal das brânquias por transporte activo.

Osmorregulação em meio terrestre

Os órgãos excretores nos animais que têm sistema circulatório fechado estão associados a vasos sanguíneos.
O sistema excretor da minhoca é constituído por um par de órgãos, os nefrídios, em cada segmento do corpo. O funil ciliado de cada nefrídio recolhe o fluido corporal. À medida que esse fluido se desloca ao longo do túbulo ocorre a reabsorção de substâncias que são necessárias ao organismo para os capilares e são segregadas certas excreções que passam para o túbulo.
A minhoca vive em habitats muito húmidos, entrando água através da pele por osmose. Os nefrídios produzem urina muito abundante e diluída, compensando o excesso de água que entra pela pele, ocorrendo assim a osmorregulação.
Nos vertebrados, as estruturas excretoras estão reunidas em dois rins. Cada rim humano apresenta cerca de um milhão de nefrónios. O nefrónio é a unidade básica do rim e é constituído pelo tubo urinifero e pelos vasos sanguíneos associados.
A porção vascular apresenta duas redes de capilares:
-Glomérulo de Malpighi que resulta da capilarização de uma arteríola aferente, no interior da cápsula de Bowman. Os capilares do glomérulo reúnem-se numa arteríola eferente que sai da cápsula.
-A rede de capilares peritubulares que resulta da capilarização da arteríola eferente que envolve o tubo urinífero.
A filtração ocorre ao nível da cápsula de Bowman havendo passagem de substâncias de pequeno tamanho do plasma através da parede dos capilares do glomérulo e da parede interna da cápsula do tubo urinífero. Como resultado forma-se o filtrado glomerular que é uma mistura de água, sais minerais, excreções azotadas, glicose, vitaminas aminoácidos entre outras substâncias.
A reabsorção ocorre ao nível dos tubos contornados proximal distal e da ansa de Henle. Substâncias úteis como a glicose passam por transporte activo, a água por osmose e os sais por difusão e transporte activo, para o sangue.
Também ao nível do tubo colector ocorre reabsorção de água.
A secreção ocorre quando as células da parede do tubo urinífero, ao nível do tubo distal e também do tubo colector, segregam a partir do plasma substâncias como certos iões, que são excretadas na urina.

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