Jornal de Estudo

Thursday, November 16, 2006

Lição 39 e 40

Conteúdos relativos à técnica de electroforese.

DNA complementar
A insulina usada pelos diabéticos foi durante muito tempo obtida a partir do pâncreas de vacas ou de porcos. Este procedimento implicava uma difícil purificação e problemas de rejeição.
Actualmente através da Engenharia genética a insulina é produzida pela técnica do DNA recombinante.
O isolamento do gene responsável pela produção da insulina humana foi feito através do recurso a RNA mensageiro que existe em grande quantidade nas células do pâncreas produtoras de insulina. A transcriptase reversa é uma enzima extraída de determinados vírus e catalisa a formação de DNA a partir de RNA mensageiro. Como nesta técnica se obtém o cDNA a partir de uma molécula de mRNA funcional, a porção de DNA que se isola não possui intrões e por isso torna a síntese de insulina mais fácil ao nível do procarionte.

RNA interferente
Está presente em todos os organismos evoluídos e foi posto em evidência pela primeira vez em 1990. Tem a composição do RNA mensageiro e a forma em cadeia dupla de DNA. Pensa-se que a sua importância está relacionada com a capacidade dos organismos multicelulares se defenderem de vírus. São capazes de referenciar rapidamente as cadeias de RNA estranho e impedirem que elas se multipliquem. Também inactivam os mRNA resultantes de genes indesejáveis do organismo, que possam ter surgido por mutação. Em certas patologias como o cancro os RNA interferentes podem bloquear a síntese de proteínas estranhas.

Genoma discreto

O genoma mitocondrial é constituído por uma molécula de DNA que se situa na matriz mitocondrial, por vezes ligada à membrana interna. Todos os produtos da transcrição mitocondrial ficam no organelo. Os genes mitocondriais influenciam a morfologia do cérebro e o comportamento. Proteínas sintetizadas no citoplasma são importadas pelas mitocôndrias, o que indica que existe comunicação entre o sistema genético nuclear e mitocondrial mas ainda é pouco conhecido.

Ciclo celular

O ciclo celular envolve o conjunto de fenómenos que ocorrem desde a formação de uma célula até à sua divisão em células filhas. O ciclo celular divide-se em interfase e fase mitótica. A interfase ocorre entre duas divisões sucessivas e é caracterizada por uma intensa síntese dos constituintes que conduzem ao crescimento e maturação da célula. A interfase compreende os períodos ou subfases G1, S e G2, e nesta fase os cromossomas não são visíveis ao microscópio pois estão dispersos.
O período G1 caracteriza-se por uma intensa síntese de proteínas, de mRNA e de outros constituintes que conduzem ao aumento de volume da célula.
O período S é caracterizado pela replicação semiconservativa do DNA. Ocorre também a duplicação dos centríolos se for uma célula animal.
O período G2 é caracterizado pela síntese de proteínas e de RNA importantes para a manutenção da célula e para a preparação para a mitose.
No final da etapa G1 ocorre o primeiro momento de regulação, relativamente ao prosseguimento do ciclo celular ( a célula tem tamanho suficiente, o ambiente é favorável). A célula
pode ficar em G0 não iniciando novo ciclo. A maioria dos neurónios e células musculares de um indivíduo permanecem sempre em G0.
No final de G2 há um novo momento de controlo, antes de iniciar a mitose (todo o DNA está replicado, o ambiente é favorável, a célula tem tamanho suficiente).
A fase mitótica envolve a mitose, divisão do núcleo, e a citocinese, divisão do citoplasma

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