Jornal de Estudo

Wednesday, November 22, 2006

Lições 43 e 44


Análise do documento: Cancro um inimigo a vencer

O termo cancro, ou tumor maligno ou neoplasia maligna (neo-novo, plasia-proliferação, tecido) diz respeito a um conjunto muito heterogéneo e multifactorial de doenças que têm em comum o facto de apresentarem o crescimento de um tecido neoformado. O aparecimento de um cancro está normalmente associado a alterações dos mecanismos que regulam a divisão celular. Em cada momento, cada organismo pluricelular é o resultado de um equilíbrio que se gera entre a proliferação celular e a morte celular programada, a apoptose. A morte das células pode ocorrer por necrose, devido à acção de substâncias tóxicas ou à falta de nutrientes essenciais, ou por apoptose (decadência), quando um conjunto de fenómenos programados geneticamente leva à morte da célula. Neste caso a célula isola-se das células vizinhas, compactando o citoplasma e a cromatina, uma enzima (endonuclease degrada o DNA em pequenas unidades e a célula fragmenta-se sem que ocorra resposta inflamatória pois não rompe. Num tecido normal a divisão celular é contrabalançada pela apoptose. Quando o equilíbrio se rompe pode surgir o cancro. As neoplasias têm sempre origem genética pois resultam de alterações mais ou menos complexas ao nível do DNA. Estas alterações podem afectar os mecanismos que resultam na proliferação celular e na apoptose, As alterações podem surgir ao nível dos proto-oncogenes ou ao nível dos genes supressores tumorais( caso mais frequente).
Os proto-oncogenes possuem a capacidade para estimular a divisão celular, mas estão normalmente inactivos em células que não se dividem. Como resultado de agentes mutagénicos, isto é, de factores físicos, químicos ou biológicos que provocam mutações, estes genes podem alterar-se e passam a estimular a divisão celular ou seja passam a oncogenes( tumor ou massa).
Os genes supressores tumorais, participam na regulação da proliferação celular, contrabalançando o estimulo proliferativo dos proto-oncogenes através de uma acção inibidora. Estão geralmente activos e bloqueiam a divisão celular. Do mesmo modo os agentes mutagénicos podem alterá-los, permitindo a divisão das células.
Embora todos os cancros sejam genéticos, isto é resultam de alterações ao nível do DNA, a maioria não é hereditária, pois neste caso a alteração genética presente em todas as células manifesta-se muito cedo. A maioria é cancro esporádico e surge devido a mutações somáticas. Estas surgem devido a interacção entre o genoma do indivíduo e o ambiente (vírus, bactérias, hormonas, poluição, produtos químicos, etc…). Diariamente surgem células neoplásicas no organismo que são eliminadas por apoptose. Se tal não acontecer inicia-se um cancro, que se traduz no aumento de células geneticamente alteradas. Estas vão proliferar invadindo os tecidos vizinhos. Podem deslocar-se através da corrente sanguínea ou linfática para outras partes do corpo e desenvolver aí novos conjuntos celulares, as metástases. A evolução do cancro é longa e por isso importa fazer uma apurada vigilância no sentido da prevenção.
Nem todas as mutações trazem consequências nefastas, algumas são vantajosas quer para a sobrevivência do indivíduo num determinado ambiente, quer para a rentabilidade económica na produção de determinada espécie.

Análise do documento : O código postal das proteínas

Gunter Blobel venceu em 1999 o prémio Nobel da Medicina por descobrir que as proteínas quando são formadas possuem na parte terminal um sinal intrínseco que governa o seu transporte e localização na célula. Os princípios descobertos por este cientista mostraram ser universais, funcionando de forma semelhante nas leveduras, nas plantas e nas células animais. Algumas doenças hereditárias humanas são causadas por erros nestes sinais e nestes mecanismos de transmissão. A investigação do cientista também contribuiu para o desenvolvimento mais eficaz das células como produtoras de proteínas para a produção de medicamentos.

Análise do documento: Quanto mais sei menos trabalho

Existe um conjunto básico de genes que funciona em todas as células, genes de manutenção, e um pequeno grupo que é específico de cada tipo celular diferenciado, genes de luxo, em número muito menor do que aquele que esteve em acção no período inicial.
Embora o desenvolvimento acarrete complexidade ao nível dos tipos de células presentes e sua organização anatómica, o contraponto celular é a simplificação: as células vão encontrando situações de abundância energética, assumem cargos gerais menores e simplificam o seu metabolismo.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home