Jornal de Estudo

Thursday, February 01, 2007

Lição 81 e 82

Questões éticas da clonagem


“ Por que é que a clonagem nos coloca uma ou mais questões éticas?
Quer para a pesquisa quer para o seu uso terapêutico, os embriões seriam destruídos, e estes embriões são seres humanos. Isso coloca em questão o valor da vida, particularmente da vida humana, além dos valores da liberdade científica, da dignidade dos sujeitos envolvidos em pesquisa e dos benefícios da biotecnologia, na discussão do assunto da clonagem. No caso do uso
reprodutivo, supondo a segurança plena da técnica para todos os envolvidos, reproduziríamos seres humanos que seriam gêmeos monozigóticos dos doadores da célula utilizada para a clonagem, mas com uma temporalidade vital diferente da do seu doador . Isso coloca em questão os valores da autonomia e da responsabilidade reprodutiva. Assim, as duas principais perguntas são:
É correcto o uso (e morte) de embriões humanos em pesquisa?
É correcto gerar e dar nascimento a um ser humano que, biologicamente, possui a mesma informação genética de outro?
Podemos citar aqui três problemas que envolvem aspectos éticos: um em relação aos possíveis abusos da técnica, como o seu uso para fins de discriminação, outro em relação à proibição legal que existe ou pode existir independentemente da avaliação ética que se tenha do assunto (e quanto a isso valeria lembrar que o tipo de lei que deverá ser adoptada colectivamente dependerá em grande parte do argumento ético); e por último, o questionamento acerca das prioridades dos gastos com pesquisa médica e reprodutiva, ou seja, qual a necessidade e importância da clonagem terapêutica e reprodutiva se comparada com outras necessidades?
Sobre este último ponto, se compararmos os custos das pesquisas em reprodução assistida e das técnicas mais avançadas, com o que poderíamos gastar com os pobres, então, tais pesquisas e tecnologias parecer-nos-ão duvidosas.
Porém, devemos ser cuidadosos aqui: as pesquisas (por exemplo, com clonagem terapêutica, para tratar doenças) poderão ajudar a todos; o problema da má distribuição de recursos não atinge só os gastos com pesquisas avançadas, e podemos encontrar despesas menos importantes para cortarmos (como gastos públicos com exércitos ou gastos privados com lazer); todas as pesquisas e tecnologias avançadas devem ser re-examinadas sob este prisma, e não apenas as de clonagem e reprodução assistida.
Estes pontos todos podem ser precedidos pelo questionamento acerca da segurança da técnica de clonagem, ou seja, do conhecimento testado o suficiente em laboratório e em condições tais que não coloquem riscos desnecessários para os participantes e afectados (por exemplo, os riscos para as gestantes e para os futuros bebés, no caso da clonagem reprodutiva), antes da sua aplicação efectiva. Até o momento não há ainda essa segurança bem estabelecida: há um risco enorme de se gerarem embriões malformados ou crianças com defeitos genéticos graves, o que nos leva a sustentar que não há ainda justificação suficiente para a utilização da clonagem para fins reprodutivos. Por outro lado, os riscos só serão diminuídos ou superados com a pesquisa que, além do mais, não visa apenas nem principalmente a reprodução assistida, mas a compreensão e cura de doenças graves.
Contra a clonagem pode-se alegar: a santidade da vida humana; o risco à diversidade genética humana; o fim da lotaria natural na determinação do genoma de alguém; a exclusão da identidade genética única de cada indivíduo; a “escolha” dos filhos pelos pais ao invés de serem “dados”; os riscos médicos, psicológicos, sociais e legais envolvidos. Em favor da clonagem pode-se alegar: o direito à autonomia reprodutiva; a liberdade de investigação científica; a continuidade do progresso técnico em reprodução assistida; a possibilidade de amenizar a perda de um filho pela geração de outro geneticamente idêntico; a possibilidade para homossexuais e estéreis de ter filhos; a possibilidade de gerar indivíduos com grandes qualidades desportivas, intelectuais e outras; as possibilidades terapêuticas. “

http://www.ifl.pt/dfmp_files/clonagem.pdf

Frutos sem sementes

Devido a erros durante a meiose as plantas poderão formar gâmetas anormais, 2n. Estes erros podem ocorrer durante a meiose I, uma não disjunção de cromossomas homólogos, ou durante a meiose II, uma não disjunção de cromatidios de um mesmo cromossoma, para pólos opostos. Estes gâmetas diplóides podem fecundar um gâmeta normal e originar plantas triplóides. Estas plantas ficam impossibilitadas de realizar meiose, e portanto não formam esporos, logo não formam gâmetas e por isso não realizam reprodução sexuada. No entanto por multiplicação vegetativa realizam reprodução assexuada e podem assim originar mais plantas que produzem frutos sem sementes.

Evolução dos sistemas de classificação
A necessidade de classificar surge devido à grande diversidade de seres vivos. Já o Homem nómada sentiu necessidade de classificar os seres vivos de acordo a sua utilidade ,quer em relação à alimentação, à resolução de doenças ou mesmo para a defesa, por exemplo os animais perigosos e os animais não perigosos, as plantas venenosas, alimentares, não venenosas. Os sistemas de classificação expressam relações entre os organismos e as designações que lhe são atribuídas expressam essas relações. Assim os primeiros sistemas de classificação são designados de práticos. A sedentarização do Homem proporcionou a possibilidade de observar e estudar os seres vivos de uma forma mais desinteressada. Aristóteles, foi um dos primeiros a desenvolver um sistema de classificação racional, ou seja baseado nas características dos seres vivos, horizontal, pois não considerou o factor tempo e artificial pois utilizou poucos critérios. Muitos investigadores continuaram a elaborar classificações deste modo mas não comunicavam uns com os outros. No século XVIII, Lineu ao publicar a sua obra colocou em relevo caracteres morfológicos, como base para a ordenação de seres vivos, dando impulso à classificação. No entanto o sistema de classificação de Lineu é semelhante ao de Aristóteles, racional, horizontal e artificial. Em consequências das novas Terras descobertas durante a época dos Descobrimentos, os exploradores europeus trouxeram para a Europa muitas plantas e animais desconhecidos e que não tinham sido ainda identificados. Os naturalistas sentiram necessidade de melhorar as suas classificações. Surgiram classificações em que a organização dos grupos se baseia no maior número de características, e caracterizam o período pós-lineano e pré-darwiniano e designam-se de classificações naturais.

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