Jornal de Estudo

Tuesday, November 28, 2006

Lição 51e 52

Além da característica de que os seres vivos são formados por células, existem outros aspectos que devem ser considerados, uma vez que se verificam somente entre eles. Os seres vivos adquirem matéria e energia do meio, por exemplo, através da fotossíntese que produzem matéria orgânica servindo de alimento a outros seres vivos; apresentam movimento; crescem; respondem a alterações do meio e reproduzem-se.
Todos os seres vivos têm capacidade de produzir descendentes, através da reprodução. O mecanismo de reprodução nos seres vivos é muito variado. Basicamente, tanto os seres unicelulares quanto os pluricelulares podem reproduzir-se de duas maneiras: assexuada e sexuadamente.
Na reprodução assexuada um único indivíduo origina um ou mais descendentes, sem que haja troca de material genético através de células especiais para a reprodução. Os descendentes são geneticamente idênticos uns aos outros e ao único progenitor do qual recebem todos os seus genes.
A reprodução sexuada ocorre fecundação, fusão de dois gâmetas, resultando um ovo a partir do qual se origina um novo indivíduo. Os descendentes não são geneticamente iguais para si, nem em relação aos progenitores.

A reprodução assexuada ocorre quer em seres unicelulares quer em seres multicelulares. Existem diversas estratégias de reprodução assexuada:
A bipartição ocorre em seres unicelulares como a amiba e a paramécia e também em seres pluricelulares como a planária. Um indivíduo divide-se em dois seres com dimensões sensivelmente iguais, que por crescimento atingem as dimensões do progenitor. Cada uma destas células recebe um núcleo resultante da mitose. O progenitor perde a sua individualidade dando origem a dois indivíduos idênticos.
A gemulação ocorre em seres unicelulares como as leveduras e em seres multicelulares como as hidras. Neste processo o progenitor desenvolve no corpo dilatações, as gemas, onde o novo organismo se irá desenvolver, separando-se depois. Após divisão nuclear por mitose, forma-se uma pequena protuberância na célula-mãe, que aumenta de tamanho, para onde miga um dos núcleos e por fim se separa como célula independente. Nos seres pluricelulares o número de mitoses é maior e posteriormente ocorre diferenciação.
Na esporulação verifica-se a formação de células reprodutoras especializadas, os esporos, que, em condições favoráveis, germinam, originando cada um deles um novo indivíduo. Nos seres terrestres os esporos apresentam uma parede resistente capaz de suportar as condições desfavoráveis. Devido à sua leveza, os esporos podem ser transportados para longas distâncias e propagar. O bolor e outros fungos são exemplos de seres vivos que reproduzem-se por reprodução assexuada.
A fragmentação ocorre quando um ou mais fragmentos ou estruturas de um organismo desenvolvem-se, originando novos indivíduos. Este processo pode ocorrer naturalmente em seres como a planaria e a estrela-do-mar, espirogira, entre outros animais.
A partenogénese consiste no desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado e é característica das abelhas, pulgões, alguns peixes, anfíbios e répteis. Em muitas espécies em que ocorre partenogénese, esta alterna com a reprodução sexuada e ocorre quando0 as condições do meio são favoráveis.
A multiplicação vegetativa, exclusiva das plantas, é um processo de reprodução assexuada onde um ou mais fragmentos se separam da planta-mãe, dando origem a uma nova planta. Existem vários processos naturais de multiplicação vegetativa a partir de folhas, estolhos, rizomas, tubérculos, bolbos. Na multiplicação vegetativa a partir de raízes ocorre a fragmentação dos feixes vasculares, dando cada um destes fragmentos origem a uma nova planta. Na multiplicação vegetativa a partir de caules pode ocorrer por simples enraizamento de uma porção de caule ou seus prolongamentos, que regenera uma nova planta. Na multiplicação vegetativa a partir de folhas pode ocorrer por enraizamento de uma folha que origina uma nova planta, ou a partir da formação de gemas foliares. O homem faz, em agricultura, ampla utilização, em seu benefício, do processo de reprodução vegetativa. São exemplos os processos de estaca, mergulhia, enxertia, alporquia. A estaca consiste na colocação em terra de um ramo ou rebento que enraíza, constituindo uma planta. A enxertia é uma técnica de melhoramento de plantas. Pode ser realizada por garfo, ou por encosto. Em qualquer dos casos a técnica baseia-se no princípio de colocar em contacto feixes condutores da planta a melhorar, o cavalo ou porta-enxerto, com feixes condutores da planta que se quer introduzir, o enxerto. A mergulhia e a alporquia são técnicas de multiplicação vegetativa que consistem na indução de formação de raízes, a partir de um ramo ainda jovem. A técnica pode ser realizada sobre um ramo flexível que se dobra, de modo a ficar uma parte enterrada, deixando o gomo apical no exterior (mergulhia). Quando os ramos não são suficientemente flexíveis induz-se a formação de raízes no ramo, colocando solo em volta do ramo e posterior envolvimento com tecido (alporquia).
O processo de divisão nuclear que está associado à reprodução assexuada é a mitose, pelo que os descendentes se apresentam geneticamente idênticos entre si e idênticos ao progenitor.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home