Jornal de Estudo

Tuesday, November 28, 2006

Lição 55 e 56

Continuação das fases da meiose:

Na Metafase I o fuso acromático atinge o máximo de desenvolvimento e os centrómeros dos bivalentes ligam-se aos microtúbulos do fuso acromático. Os pontos de quiasma dos cromossomas bivalentes dispõem-se no plano equatorial da célula, e os centrómeros ficam voltados para pólos opostos. A disposição dos cromossomas homólogos é aleatória.

A Anafase I inicia-se com a separação dos cromossomas homólogos – disjunção ou segregação dos homólogos, que se deslocam para pólos opostos da célula – migração polar. Nesta etapa, cada cromossoma é constituído por dois cromatídios.
Na Telofase I, termina a migração dos cromossomas, o fuso acromático desorganiza-se. Dá-se a reconstituição do invólucro nuclear e dos nucléolos. O número de cromossomas de cada uma destas células é metade do da célula inicial, sendo por isso designada esta primeira divisão por divisão reducional.

Em casos excepcionais ocorre citocinese formando-se duas células haplóides.

A segunda divisão meiótica consiste numa divisão equacional, em que ocorre a separação de cromatídios de cada cromossoma, obtendo-se assim quatro núcleos haplóides cujos cromossomas são constituídos por um cromatídio. Verifica-se manutenção do número de cromossomas relativamente à células resultantes da divisão I. A divisão II é também subdividida em quatro fases, denominadas: Profase II, Metafase II, Anafase II, Telofase II.

A Interfase entre a primeira e segunda divisão nem sempre ocorre, no entanto, se ocorrer nunca se verifica duplicação do DNA.

A Profase II caracteriza-se por ser curta, ocorre a condensação progressiva da cromatina em cromossomas que se tornam cada vez mais visíveis. Os cromossomas são designados por univalentes porque não existem na célula os seus homólogos. Cada um dos cromossomas é constituído por dois cromatídios. No final, o invólucro nuclear fragmenta-se e começa-se a constituir o fuso acromático.

Durante a Metafase II os cromossomas, altamente condensados, univalentes ligam-se aos microtúbulos pelos centrómeros, assim os cromossomas ficam na zona equatorial do fuso com os centrómeros no plano equatorial.

A transição da Metafase II para a Anafase II é feita pela divisão dos centrómeros e por consequência dos dois cromatídios de cada univalente. Estes migram para pólos opostos, passando a constituir cromossomas independentes. Deste modo, agora cada pólo contém um número Haplóide (n) de cromatídios.

Na Telofase II termina a migração polar dos cromatídios, que ao atingirem os pólos inicia a sua descondensação. Reconstituem-se os respectivos núcleos, pela diferenciação do invólucro nuclear e nucléolos.

O fim da meiose é geralmente acompanhado pelo processo de citocinese, a qual é caracterizada pela formação de quatro células haplóides independentes.

A Meiose surge como um fenómeno complementar da fecundação, uma vez que esta implica uma duplicação cromossómica. Ambos os processos são responsáveis pela introdução de variabilidade genética nas populações que se reproduzem sexuadamente. Na meiose esta é conseguida através do fenómeno de crossing-over e da distribuição aleatória dos cromossomas homólogos no plano equatorial. Por sua vez, na fecundação essa variabilidade é conseguida por uma união aleatória entre os gâmetas.

Na reprodução assexuada a mitose é fundamental para o originem de novos indivíduos. Na reprodução sexuada estão envolvidos fenómenos de mitose, pois permitem o crescimento de novos indivíduos, e fenómenos meióticos que permitem reduzir para metade o número de cromossomas que são conseguidos pela fecundação.
Ambas as divisões são precedidas por uma interfase, onde se observa a duplicação da quantidade de material genético por replicação. Na meiose, a quantidade de DNA é reduzida duas vezes, ao contrário da mitose em que apenas se observa uma redução da quantidade de DNA na anafase. A primeira redução da quantidade de DNA na meiose ocorre como consequência da disjunção dos cromossomas homólogos – anafase I. Assim no final da primeira divisão cada núcleo fica com metade do número de cromossomas, cada um com dois cromatídios, da célula mãe. A segunda redução ocorre após a divisão do centrómero onde se verifica a separação de cromatídios, obtendo-se assim quatro núcleos haplóides cujos cromossomas são constituídos por um cromatídio.

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