Jornal de Estudo

Tuesday, November 28, 2006

Lição 53 e 54

O processo de divisão nuclear que está associado à reprodução assexuada é a mitose, pelo que os descendentes se apresentam geneticamente idênticos entre si e idênticos ao progenitor (a menos que ocorram mutações). Este tipo de reprodução mantém a estabilidade de caracteres nos seres vivos de uma geração para a outra e permite um rápido aumento das populações em condições favoráveis.
Indivíduos com a mesma informação genética designam-se por clones. Sendo assim, os processos de reprodução assexuada podem-se considerar como processos de clonagem.

Micropropagação vegetativa
A capacidade de reprodução assexuada de certas espécies cultivadas pelo Homem é hoje aproveitada, com a utilização da biotecnologia. Uma das técnicas mais utilizadas é a cultura de tecidos in vitro que se baseia na capacidade que as células vegetais apresentarem de darem origem à totalidade da planta quando colocadas em meios de cultura adequados. Neste processo de clonagem, as células utilizadas são totipotentes – são capazes de originar a totalidade de um organismo. O tecido utilizado pode ter origem em qualquer parte da planta.
Esta técnica permite aumentar a quantidade e a qualidade da produção e ainda permite obter organismos resistentes a doenças.

Reprodução sexuada: Meiose – Redução cromossómica

Ao longo da evolução dos seres vivos o processo de reprodução sexuada ganhou cada vez mais expressão.
Na reprodução sexuada os novos indivíduos surgem da união de dois conjuntos de informações hereditárias que estão contidos em gâmetas, óvulos e espermatozóides. Os dois gâmetas ao fundirem-se – fecundação – permite conjugar essas informações hereditárias. Durante a fecundação, ocorre a fusão dos dois núcleos dos gâmetas. Desta união, resulta o ovo ou zigoto, que por mitoses sucessivas origina um indivíduo, com características resultantes da combinação genéticas dos gâmetas dos progenitores. Assim a fecundação tem como consequência uma duplicação cromossómica. No entanto, sabe-se que a quantidade de informação genética é mantida de geração em geração. A meiose é o processo que permite a constância do número de cromossomas de geração em geração através da redução para metade do número de cromossomas. Desta forma, a meiose compensa a duplicação cromossómica que ocorre durante a fecundação.

A Meiose ocorre apenas em células diplóides especializadas e apenas em ocasiões determinadas do ciclo de vida de um organismo. Através deste fenómeno nuclear, uma única célula diplóide dá origem a quatro células haplóides, designadas gâmetas, no caso dos animais, em que a meiose é pré-gamética.
O número de cromossomas nas células filhas é metade do da célula mãe, sendo que as células filhas não podem sofrer mais divisões meióticas.
A meiose consiste em duas divisões nucleares sucessivas, designadas I e II. Cada uma destas divisões apresenta na sua essência as mesmas etapas que a mitose.
A meiose caracteriza-se pelas fases que a constituem:

A Interfase decorre antes do início da primeira divisão meiótica. As células passam por um processo semelhante ao que ocorre durante a interface da mitose. Os núcleos passam pelo intervalo G1, pelo período S e pelo intervalo G2.

A 1ª divisão meiótica consiste numa divisão reducional, em que se verifica redução do número de cromossomas, onde um núcleo diplóide origina dois núcleos haplóides.
A 2ª divisão meiótica é uma divisão equacional, porque cada um destes quatro núcleos possui o mesmo número de cromossomas que possuía cada núcleo no final da primeira divisão, no entanto agora constituídos por um único cromatídio.
A divisão I é subdividida em quatro fases, denominadas: Profase I, Metafase I, Anafase I, Telofase I.
A Profase I é de longa duração e muito complexa. Nesta etapa os pares de cromossomas tornam-se visíveis com longos filamentos delgados, constituídos por dois cromatídios unidos pelo centrómero. Os cromossomas homólogos emparelham de forma muito precisa. Estes cromossomas são homólogos pois possuem genes para as mesmas características, possuem o mesmo tamanho e a mesma forma, embora a informação possa ser diferente. Este emparelhamento – sinapse – é fundamental para a ocorrência de meiose. Nesta altura os pares de homólogos designam-se bivalentes (às vezes denominados tétradas porque contém quatro cromatídios). Durante a sinapse ocorre trocas de segmentos entre os cromatídios de cromossomas homólogos, processo designado crossing-over. Os pontos que unem os cromatídios homólogos designam-se por quiasmas. Observa-se a desorganização do invólucro nuclear e nucléolos.

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