Jornal de Estudo

Thursday, February 01, 2007

Lição 83 e 84

Evolução dos sistemas de classificação

Nas classificações fenéticas apenas se procura fazer o agrupamento significativo dos organismos sem a preocupação da reconstituição da história evolutiva dos grupos. Estas classificações são horizontais e baseiam-se em características objectivas, mas não põem em evidência a filogenia dos organismos, pois nem sempre as semelhanças fenotipicas corerespondem à proximidade evolutiva.
As classificações verticais dão ênfase à filogenia, de modo a reflectir a história evolutiva dos seres vivos. Estas classificações exprimem as relações de parentesco entre os individuos através de diagramas designados de árvores filogenéticas.
Cada sistema de classificação reflecte, em cada época, o grau de conhecimentos científicos, não havendo, por isso, nenhuma classificação definitiva.


Hierarquia Taxonómica e regras da nomenclatura
As classificações biológicas utiliuzadas actualmente reflectem ainda a influência dos trabalhos de Linneu publicados no século XVIII. È considerado o pai da taxonomia. Ordenou os seres vivos numa série ascendente de grupos de complexidade formando um sistema hierárquico de classificação. Cada categoria taxonómica é designada de taxon, no plural taxa.
Nas classificações consideram-se sete categorias principais: Espécie, Género, Família, Ordem, Classe, Filo e Reino. Em botância utiliza-se o termo Divisão em vez de Filo. A espécie é a unidade básica de classificação e segundo o conceito biológico representa um grupo natural constituído por um conjunto de indivíduos que, partilhando o mesmo fundo genético, podem cruzar-se entre si originando descendência fértil. Este conceito biológico de espécie tem limitações pois não pode ser aplicado a espécies fóssei nem a espécies que só apresentam reprodução assexuada. A formação dos outros grupos taxonómicos depende do julgamento humano
Os taxonomistas têm por vezes de considerar categorias intermédias e usam para as distinguir prefixos como super, infra e sub, como é o caso dos Vertebrados que constitui um subfilo.
As regras básicas utilizadas em nomenclatura são:
- A designação dos Taxa é feita em latim. Como é uma língua morta não está sujeita a evolução.
-A designação dos grupos superiores à Espécie é uninomial, isto é consta de uma única palavra que é um substantivo escrito com inicial maiúscula.
- O nome da Família nos animais obtem-se acrescentando –idae à raiz do nome de um dos géneros. Nas plantas a terminação que caracteriza a família é –aceae.
- Para designar as espécies utiliza-se nomenclatura binomial, a primeira palavra é um substantivo escrito com inicial maiúscula e que corresponde ao nome do género a que a espécie pertence e a segunda palavra escrita em minúsculas designa-se por epíteto ou restritivo especifico, sendo geralmente um adjectivo.
-Para uma subespécie utiliza-se nomenclatura trinomial para a designar, escreve-se o nome da espécie seguida por um terceiro termo designado por restritivo subespecifico ou epíteto subespecifico.
-Os nomes genéricos, específicos e subespecificos devem ser sublinhados ou escritos em itálico.
-Á frente da designação especifica deve-se escrever o nome do taxonomista (ou a sua abreviatura) que pela primeira vez atribuiu o nome cientifico à espécie considerada seguido de uma virgula com a data de publicação.

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